Teologia da pregação e a Bíblia
Síntese do livro Teologia, Uma introdução à teologia cristã, págs 199-206.
Autor: Aliester MacGrath
No capítulo seis do livro uma introdução à teologia cristã MacGrath fala sobre quatro principais fontes que definem uma teologia cristã.
O que temos que ter em mente é que a teologia não está fechada, ela não é a verdade absoluta, apenas reflexões sobre como enxergamos a revelação divina e isso reflete na maneira de como anunciamos a revelação.
As quatro fontes são: Escrituras, Razão, Tradição e Experiência.
E nesse post falaremos sobre as Escrituras.
Escrituras: Interessante que o autor e professor batista Richard Sturz, quando fala sobre os pontos que definem uma teologia cristã, nesse ponto ele chama de fonte de autoridade, pois alguns cristãos mais conservadores, reformados tem sua fonte de autoridade somente nas escrituras creditando nelas a autoridade máxima, o padrão, considerando- as inspiradas por Deus e como livros canônicos.
Já por outro lado existem grupos de cristão que não acreditam dessa maneira e há uma discussão sobre alguns livros incluídos na versão grega LXX e na versão latina de Jeronimo no IV século.
Pra alguns o A.T. faz parte da teologia bíblica que narram somente uma história e não podem ser considerados dogmático.
Teólogos como Gerhard Von Rad e Wellhauser veem a nação de Israel no A.T. como uma nação politeísta e sincretista que foi assimilando os costumes e práticas pagãs e incorporando como revelações divinas para a fé de Israel num judaísmo tardio.
No Séc II o teólogo Marcião não dava muito valor ao A.T. por mostrar um Deus sanguinário e valorizava o N.T. por mostrar um Deus de amor.
Muitas controvérsias surgiram também no período da Reforma Protestante, Lutero acreditava nos Dois Testamentos como a ação do mesmo Deus, entretanto afirmava total oposição entre lei e a graça, a graça revelada no N.T. nos transforma e não a lei revelada no A.T.
Já Calvino defende a existência de uma fundamental semelhança e continuidade entre o A.T e o N.T. com base em Três aspectos: imutabilidade da vontade divina, ambos proclamam a graça de Deus em Jesus Cristo e ambos possuem os mesmos sinais e sacramentos.
Com o surgimento do iluminismo no século XVIII, começaram a interpretar a bíblia de uma maneira diferente, pois a mesma não era considerada mais a verdade absoluta e muitas dúvidas e desconfiança creditaram nela.
Outras ferramentas começaram a ser utilizados para interpretar a bíblia e não somente a fé.
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