Oficialização imperial do cristianismo 02
A Religião Imperial
Para Eusébio de Cesaréia, historiador e biógrafo cristão de Constantino, ele representava o fim da era do cristianismo católico e o início da era do império Cristão 312 a 590.
Começa assim a cristianização do Império e a interferência Imperial nos assuntos da igreja.
Constantino tem a visão de uma cruz e vê uma frase “Nesse sinal a vitória” ele então venceu seu opositor ao trono Maxêncio.
Funda Constantinopla atual Istambul capital do Império Bizantino. Eusébio dizia que ele era o governante cristão ideal e previu o começo de uma nova era de salvação, pois via nele o cumprimento do plano de Deus para evangelização Mundial.
Antes de 312 o cristianismo fora proscrito e perseguido, de repente foi favorecido e mimado, Constantino o inseriu na vida pública.
Antes da “conversão” de Constantino, a igreja consistia de crentes convictos, depois chegaram aqueles que eram politicamente ambiciosos, sem interesses religiosos e ainda meio enraizados no paganismo, isso ameaçava originar não apenas futilidade e impregnação pela superstições pagãs, mas também secularização e abuso da religião por fins políticos.
Somente, após a “conversão” de Constantino foram instituídos os concílios gerais das igrejas. O Concílio de Nicéia reconheceu os bispos de Alexandria, Antioquia e Roma em suas próprias áreas.
Em 330 Constantino transfere sua residência Imperial para Nova Roma, antiga cidade bizantina no Bósforo.
Conforme o poder de Constantinopla aumentava a importância da Antiga Roma decaía, logo as igrejas viam o bispo de Constantinopla na liderança espiritual e doutrinária.
A igreja chega ao poder
Quando o Imperador Teodósio assumiu o poder em Constantinopla ele transformou o cristianismo na igreja do Estado, proibindo o paganismo.
Fez da crença do cristianismo uma questão de autoridade Imperial. Para ele havia uma estreita ligação entre sua própria vontade e a de Deus e quem descumprisse sua decisão era punido.
Nós ordenamos que todas as pessoas que governamos pratiquem essa religião que o divino Pedro e os apóstolos transmitiram aos romanos. Devemos acreditar na única divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, sob a ideia da majestade e da Santa Trindade.
Nós ordenamos que todas as pessoas que seguem essa regra devem aceitar o nome de cristãos católicos, as demais, no entanto, que nós julgamos dementes e insanas, devem sofrer a desonra dos dogmas hereges, seus lugares de reunião não deve receber o nome de igreja e elas devem ser em primeiro lugar castigados pela vingança divina e, em segundo lugar, castigados por nossa própria iniciativa que nós assumimos de acordo com julgamento divino.
No Ocidente, longe das cortes imperiais alguns clérigos ousaram desafiá-lo. Ambrósio Bispo de Milão, foi um deles.
Em 390 ocorre um conflito na qual o governador prendeu um condutor de carruagem de uma cidade grega, por motivos de práticas homossexuais.
O povo se revoltou e matou o governador por não libertar o condutor, pois estava prestes das corridas de carruagem.
Teodósio se enfureceu e matou em três horas sete mil tessalonicenses.
Ambrósio se posiciona contra o ato do Imperador e envia uma carta para que ele admita que cometeu um crime e exija que ele se arrependa para que alcance o perdão de Deus, e se recusou dar lhe comunhão até que confessasse seu pecado.
E por fim o imperador acabou aceitando os termos de Ambrósio na frente de toda uma congregação, tirou sua esplêndida veste Imperial e pediu perdão por seus pecados.
Com o concílio que foi realizado em 381 em Constantinopla, onde contou com a presença somente dos bispos da porção oriental do império foi declarado que o bispo de Constantinopla deve preceder imediatamente o bispo de Roma, pois sua cidade Constantinopla é a Nova Roma.
Damásio bispo de Roma manifestou objeção a ação do Concílio. No ano seguinte em um sínodo realizado em Roma, bispos do ocidente argumentavam que a Santa Igreja Romana tem precedência sobre outras igrejas, pois eles consideram haver recebido a primazia pelas palavras de nosso Senhor e Redentor baseando-se na palavra que disse que ‘Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”.
As duas igrejas Seguiram em diferentes direções o cristianismo do Oriente e o cristianismo do Ocidente.
Fonte Consultada:
História do Cristianismo Ao Alcance de Todos
Shelley. L. Bruce
Ed: Shedd Publicações
Pgs: 107-108; 155-156,
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Veja também o artigo: Oficialização imperial do cristianismo 01
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