Família o projeto de Deus

Em Gênesis 1:26-29

E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento.

Vemos nesse texto a criação do homem em termos gerais, como uma espécie.

Interessante que nesse trecho lido acima Deus mostra que criou o Homem e a mulher como uma unidade, os dois unidos representam a imagem de Deus, a coroa da criação, por esse texto percebemos que a mulher (Eva) não foi uma ideia posterior, inventada para resolver um problema imprevisto, embora pareça ser o quadro apresentado no segundo relato (GN 2:18).

O escritor usa um paralelismo para fixar essa ideia utilizando de dois sinônimos imagem e semelhança para mostrar que esse é o padrão de Deus uma família constituída por duas pessoas de sexos diferentes.

Em Gn 2:18-25

E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.
Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea.
Então o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar;
E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.
E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.
Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.

Nesse relato por sua vez, particulariza a criação, primeiro de Adão e depois “Eva”, pois trata da criação do primeiro homem do pó da terra, o processo pelo qual o homem foi criado é detalhado e mostra a mulher sendo criada da costela do homem.

Por mais que são duas narrativas distintas mostram a criação do homem e da mulher, as duas se completam e se sincronizam entre si (como diz o dr. Richard Sturz em seu livro de teologia sistemática)

Cada uma fornecem dados que a outra não contém.

Deus criou a primeira família, pois essa é a vontade de Deus, esse é o padrão estabelecido e vemos três características no plano de Deus sobre o casal criado.

O compromisso: “Se une a sua mulher”

É um relacionamento permanente

É um relacionamento monógamo

É um relacionamento exclusivo

O COMPROMISSO: é um dos fundamentos mais importantes para o caráter moral do ser humano. É a base de todos os relacionamentos, ou seja, ESPIRITUAL, OU MATERIAL. É dele que nasce a confiança como se diz: FIAR, DA CREDITO, CONFIAR, ACREDITAR, RELACIONAR- COM.

A falta De confiança gera muitos problemas no casamento alguns exemplos são: infidelidade na área sentimental, financeira, etc.

Tudo começa com pequenas mentiras.

Dentro do casamento deve haver perdão mútuo é o que Jesus Cristo nos aconselha.

A unidade: “tornando-se, os dois uma só carne”.

Muitos casais hoje tem vivido ou iniciado sua jornada matrimonial longe daquilo que Deus projetou. Brigas, desrespeito e indiferença são elementos quase sempre presentes em muitos lares. Não sabem os casais que a unidade, além de produzir realização sentimental entre os cônjuges e segurança para a família como um todo, viabiliza liberação constante de bençãos de Deus dentro desses lares. A falta de unidade impede o agir de Deus.

Em 1 Pedro 3-7, encontramos a seguinte passagem: “Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações”. O homem casado (marido) que deixa de atender a referida admoestação está colocando em risco a si mesmo e a toda sua família, pois suas orações passam a ser impedidas, ou seja, Deus não tem como atendê-las, ainda que justas e cheias de boa intencionalidade, visto que um princípio foi violado.
As mulheres casadas (esposas) também devem observar o referido preceito, mesmo porque “briga não une, briga separa”.

Quando o casal se torna um, agindo sem discordância e movidos na mesma direção, o resultado da unidade é a multiplicação, não a soma.
Manter a unidade entre o casal não é uma tarefa muito fácil, mas em contrapartida é uma chave poderosa na vida cristã. Observar o princípio de autoridade e governo estabelecido por Deus, que coloca o marido como cabeça (Ef. 5: 22-24), é agir com sabedoria e obediência, e ajuda concretamente. Contudo, deve o marido conhecer a diferença entre autoridade e autoritarismo.

É importante que o casal tome decisões juntos, sendo a esposa ouvida em tudo e considerado seu posicionamento, posto ter sido instituída por Deus como “auxiliadora”. Deve o marido agir com muita cautela e zelo, pois Deus lhes cobrará numa medida maior que cobrará às esposas (“aquele há quem muito foi dado, muito lhe será exigido” – Lc. 12:48). Mas devemos guardar a lição de que “nenhum sucesso compensa o fracasso do lar” e nos prontificar a aprender a lidar de forma simples e branda nas questões cotidianas.

Intimidade: “Ora, um e outro, o homem e sua mulher estavam nus e não se envergonhavam”.

Um dos segredos de um casamento feliz está em que os dois se dediquem à tarefa de cultivar e proteger o tesouro da sua intimidade. Dado que isso envolve uma contínua descoberta e cumplicidade não existem regras universais, mas cada casal precisa poder encontrar seu próprio caminho de intimidade.

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