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Breve estudo sobre o contexto de Agostinho

Granada - The paint of St. Ambrose and St. Augustine the Doctors of the west catholic church in the church Monasterio de San Jeronimo by Juan de Sevilla Romero (1643 - 1695).

Nesse breve estudo falaremos sobre o contexto de Agostinho (Aurélio Agostinho 354-430 d.C.), as situações que ocorreram em sua época e seu posicionamento, mas antes mencionaremos alguns fatos que antecederem esse período.

Donato bispo de Cartago (313 a 355) afirmava que os bispos que negaram a fé não poderiam mais exercer seu ministério.

Mais antes de Donato seguir esse pensamento esse assunto já causava grandes controvérsias na igreja.

A apostasia foi considerada no desenvolvimento da igreja, um dos três graves erros cometidos após o batismo e requeriam tratamento especial.

Os três graves erros são: a imoralidade sexual, o assassinato e a negação da fé “apostasia”, eram consideráveis perdoáveis por Deus, mas não pela igreja.

A penalidade para qualquer um desses pecados era a exclusão da igreja e a privação da Eucaristia, uma vez que a Comunhão acreditava a maioria, era um canal especial de comunicação com a graça divina, negá-la colocava a salvação de uma pessoa em perigo e Inácio a chamou de o “remédio para a imortalidade e o antídoto da morte”.

O primeiro que readmitiu os pecadores arrependidos como uma política foi o bispo de Roma Calixto (217-222), pois aceitou os membros arrependidos que tinham cometido o adultério, pois ele via a igreja como uma arca de Noé, onde eram encontrados tanto animais puros como os impuros.

Tertuliano que nessa época vivia no norte da África, achou isso um absurdo e ficou horrorizado.

Pois, para ele“ Não perdoamos os apóstatas, e devemos perdoar os adúlteros?”

Calixto representava a mentalidade do futuro, pois se as pessoas culpadas de adultério eram perdoadas na igreja, então porque não perdoar os apóstatas.

Logo em 250, ocorreu mais uma violenta perseguição agora pelo imperador Décio (249-251), pois considerava os cristãos como inimigos do Império por suas práticas consideradas como ateístas e responsáveis por muitos problemas da região.

O imperador ordenou que todos os cidadãos do Império oferecessem sacrifícios para os deuses romanos tradicionais e aqueles que obedecessem e realizassem receberiam certificados (libelli, em latim) como prova de obediência, caso contrário a morte era a punição.

Os que morreram foram chamados de “mártires”, isto é “testemunhas”.

Esses mártires eram torturados até a morte para que negassem e mencionassem as seguintes palavras “César é o Senhor” e se resistissem e não negassem eram chamados de “confessor”.

E se um crente diante da tortura negasse era chamado de “prescritos”, ou degradados.

Essa fúria só terminou quando em 251, o imperador Décio desertado por seus deuses, foi morto numa batalha com os godos.

E muitos crentes foram culpados de apostasia, em algumas congregações esse número chegou a 75% da congregação.

Cipriano, bispo de Cartago, afirmou que “Fora da igreja não existe salvação”.

E muitas pessoas levantavam um clamor a respeito da readmissão, mas como resolver essa questão, pois a igreja considerava a apostasia como um “pecado contra o Espírito Santo”, para o qual não havia perdão.

O respeito e admiração pelos mártires e confessores os fizeram ser mencionados e considerados como “Santos”.

E um novo pensamento surge, pois esses santos estavam alcançando um poder especial de Deus. O Espírito Santo ordenou-os de forma notável, de modo que tinham poder para absolver os homens de seus pecados e poderiam cobrir por seus méritos os deméritos dos faltosos.

Em Cartago Cipriano confronta esse pensamento e se inclina a favor de um sistema de readmissão baseados nos graus de seriedade dos pecados.

Á clemência, dizia ele, deveria se estender àqueles que negaram mediante ferrenha tortura, declararam que seu corpo e não seu espírito havia cometido traição e aqueles que aceitaram sacrificar voluntariamente deviam receber uma punição muito severa.

Cria-se um sistema de graduação de penitência, e somente após certos períodos de penitências permitia-se aos pecadores reintegrar-se a Santa Ceia.

E ainda para provar que estavam arrependidos se expunham diante da congregação em hábitos de penitências e com cinzas na cabeça, depois de todo esse ato de humilhação o bispo colocava as mãos sobre a cabeça do penitente simbolizando sua reintegração à igreja.

Diante da perseguição de Diocleciano que ocupou o trono por vinte anos (284-305), pouco antes de Constantino, sendo considerado um dos mais cruéis perseguidores da igreja, mais uma vez muitos foram forçados a negar a fé diante do perigo de morte. E esses que negaram a fé mais uma vez foram considerados apóstatas.

Nesse cenário de declínio, os donatistas se consideravam a verdadeira igreja e não a católica, eles defendiam uma santidade pessoal dos ministros, tendo sido considerado o catolicismo, uma seita religiosa cristã, herética e cismática.

Para Donato a validade do Sacramento depende da condição moral do ministro e Agostinho dizia que o sacramento pertence a Cristo.

Agostinho entra também no debate contra a ideia de Pelágio.

Pelágio era um monge britânico que apareceu em Roma, por volta do ano 400 d.C. e sua posição teológica pode ser denominada de monergismo humano, ou seja  não via a necessidade do poder capacitador do Espírito Santo, seu conceito de vida cristã era praticamente a concepção estoica do autocontrole ascético.

Negava que o pecado humano herdado é de Adão e afirmava que o homem é livre para agir de maneira correta ou errada e que a morte não é consequência da desobediência de Adão.

Ele introduz o pecado no mundo apenas por seu exemplo corrompido.

Não há ligação entre seu pecado e a condição moral da humanidade, para ele Deus não predestina ninguém exceto no sentido que ele sabe quem vai crer na sua influência plena de graça e quem vai rejeita-la.

Seu perdão é oferecido a todos aqueles que exercitarem a fé, mas uma vez perdoado, o homem tem poder em si mesmo para viver de maneira que agrade a Deus.

Pelágio não via a necessidade do poder capacitador do Espírito Santo.

Já Agostinho pensava diferente da sua ideia, pois teve uma experiência que o levou a conversão, quando caminhava angustiado no jardim, lá escutou uma voz de uma criança cantarolando e dizia:

“Pegue o e leia” o texto era de Romanos 13.13-14, e ele também foi influenciado pela pregação de Ambrósio.

Ele achava interessante o modo de vida, o exemplo pessoal dos monges, a renúncia aos prazeres da carne.

Quando um amigo contou a história de Antônio e dos eremitas egípcios, como eles enfrentaram as tentações do mundo, Agostinho sentiu-se queimar de vergonha, como esses homens simples podiam obter tais vitórias espirituais, enquanto ele com toda a sua educação só conhecera a derrota, seu senso de pecado, esse sentimento de impotência foram profundamente os questionados.

Agostinho por ter tido essa experiência com respeito a salvação, sentia-se  que nada além do irresistível poder divino (a graça) poderia tê-lo salvado de seus pecados e que somente o fluir constante da Graça Divina podia mantê-lo na vida cristã.

Seu ideal cristão não era o autocontrole gnóstico, mas a justiça inspirada pelo Espírito de Deus.

  • Toda raça humana compartilhava do pecado de Adão.
  • Merecemos condenação eterna (raça humana)
  • Incapaz de qualquer ato bom (salvação).
  • Deus escolheu alguns para receberem sua graça.

Com 56 anos soube que Roma havia sido saqueada.

Ele recebeu os primeiros refugiados de Roma e procurou lugar para eles ficarem e encorajava-os.

Em um sermão naquela época, comparou a tomada de Roma com o julgamento de Sodoma.

Houve grande destruição, disse ele, mas o que faz as cidades são os homens, não os muros.

Diferente de Sodoma, Roma havia sido castigada, mas não destruída.

Logo ele voltou-se para uma questão profunda, que tratava da relação entre as cidades do mundo como um Roma que tem seu tempo de ascensão e queda e a Cidade Celestial ou Cidade de Deus que dura para sempre.

Essa questão o envolveu por dezesseis anos quase até o final de sua vida e resultou em sua grande obra “A Cidade de Deus” que direta ou indiretamente influenciou o pensamento dos cristãos sobre o que eles deviam a Deus e o que deviam a César nos quinze séculos seguintes.

A cidade do mundo são unidas pelo amor as coisas temporais já na cidade de Deus o que une é o amor a Deus.

Fonte Consultada:

História do Cristianismo ao alcance de todos, Bruce L. Shelley. Editora Shedd publicações.

Pgs. 82 85, 102-103, 142-149

monergismo.com

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Sobre o Autor

Universo da Teologia
Universo da Teologia

Em primeiro lugar eu sou um cara apaixonado por Deus e pela minha família. Eu sou teólogo, professor de teologia, escritor, blogueiro, rapper

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